segunda-feira, 8 de abril de 2013

Em tempos de festivais The Cure toca por 3h20

     Com fôlego de guri, o senhor Robert Smith, 53 anos, subiu ao palco do parque Anhembi às 20h20 para levar ao delírio cerca de 30 mil pessoas que aguardavam, desde 1996, data do último show da banda, no extinto Hollywood Rock, para dançar ao som dos seus inúmeros hits.
     Em tempos de festivais, cujo shows não ultrapassam 1h30, o que na maioria das vezes é ótimo, já que as bandas que tocam nesses festivais são realmente fracas, 3h20 de show é para assar qualquer batata de perna. 
     The Cure é Robert Smith. Mesmo com uma ótima banda, inclusive com o ex-guitarrista do David Bowie, Reeves Gabriel, a inconfundível voz do ser da New wave, o pai do Indie, o ídolo anti-pop, com seu batom vermelho, a cara branca e o cabelo perfeitamente desgrenhado não é mais um ícone decadente do rock a procura de alguns dólares para sobreviver em Londres. Com muito gelo seco e teclado,é claro, Smith teve o público nas mãos. Alternou hits com séries de músicas mais pesadas que fizeram muitos sentar a espera de algo mais dançante.
     The Cure tocou 2h20 antes de sair para o primeiro intervalo. Depois, mais dois bis e a série final de hits que incluíram Boys Don´t Cry, 10:15 Saturday Night e Klling an Arab. Para então, finalmente Robert Smith nos deixar descansar.

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