Trétis é campeão do 1º turno do paranaense. Merecido. Eu prefiro um treineiro que opte, ou arrisque, porque ninguém quer perder, por uma única derrota, do que por 3 empates. O trétis perdeu uma e empatou a outra. Os coxas não perderam, mas empataram três.
Trétis em três jogos: 1V-1E-1D.
Coxas em três jogos: 3E.
Tá aí a diferença de pontuação do turno.
Postarei neste sítio algumas coisas que escrevo para às aulas de jornalismo, resenhas de filmes, livros e afins. Este sítio também falará de política, economia, futebol...
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Surfista em Curitiba, comia repolho no café da tarde
Carioca, surfista na juventude, trocou o céu de brigadeiro do Rio de Janeiro, pela cerração curitibana em 1960. Tinha 20 anos. Criou cinco filhos do segundo casamento, nenhum consanguíneo. Braços fortes, trabalhou como técnico de elevador por toda a vida na Atlas elevadores. Sua maleta de ferramentas pesava mais de 30 quilos.
Faleceu com 71 anos por complicações do diabetes agravada por um câncer no estômago, recém descoberto.Vidal saiu do Rio de Janeiro brigado com o pai e desde então nunca mais se falaram . O motivo da discussão é um mistério para a família. Dinheiro, patrimônio, suspeitam os filhos.
Amante da praia., duas vezes por ano ia para Matinhos, litoral do Paraná, nadar. Mesmo no ano da sua morte, com a visão já frágil, não deixou de pegar jacarés e furar ondas no litoral. Amigo de muitos, o que mais gostava de fazer era comer. Maria Aparecida, sua esposa, lembra que seu café da tarde era pão com feijão e repolho. Também recorda que não dividia a mesma cama com o esposo há mais de 10 anos. Por higiene. "Ele dizia que com o frio daqui não suava, logo não precisava tomar banho todo dia",conta com as bochechas coradas.
É consenso da família que os seus dois filhos de sangue não o amavam do mesmo jeito que os demais, não consanguíneos.
Um mês antes de falecer, Vidal sofreu uma grave crise de bronquite e foi hospitalizado. Após os exames, descobriu-se um tumor no estômago em fase já avançada. Sabendo que sua morte estava próxima, pedia todos os dias para morrer em casa. Sua esposa, convencida pelos médicos da necessidade da operação, autorizou o procedimento. Cinco horas depois, Luiz Paulo de Souza Vidal, falecia com o pesar da esposa por não atender o seu ultimo pedido.
Esse foi um trabalho para a disciplina de redação VI.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Viva la recreação
No filme Os incompreendidos, de 1959, do cineasta francês François Truffaut, o jovem protagonista, Antoine Doinel, depois de ser pego admirando uma pin-up em sala de aula, é castigado e tem seu recreio proibido. Para o professor, “o recreio não é obrigatório. É uma recompensa”.
Esse foi um trabalho para a disciplina de redação VI.
Resenha do filme O Porco Espinho
Filme francês de 2009 da diretora Mona Achache,
Porco espinho mostra uma historia encantadora em que a morte é tema recorrente
na narrativa.
Antes de consumar o fato, Paloma,
uma menina inteligente e extremamente atenta ao que acontece a sua volta,
registra em película esse dias que antecedem a data da sua morte. Com uma
câmera na mão, a espevitada Paloma se torna mais próxima de Reneé, ou Sra
Mitchell, zeladora do luxuoso prédio onde mora.
Mas como a vida é cheia de surpresas, uma morte, que
por conseqüência lhe trouxe tanta felicidade, – Sr Kakuro venho morar no prédio
após a morte de outro morador - um desejo de morrer que lhe trouxe uma amiga, Paloma,
a outra faceta da morte lhe trará a maior tristeza de todas. Isso porque a
única (in)justiça que existe na vida é a morte. Pois é só ela que lhe tira o
direito de ver quem mais ama, mas eles também perdem o direito e não o vêem
mais. Estamos quites Mona.
Carrasco foi refém do próprio esquema
Na derrota de ontem do Trétis, o treineiro do time da capital mostrou o quanto pode ser cabeça dura a frente do furacão. Não soube aproveitar a oportunidade com a saída do Bruno Mineiro lesionado para colocar Harrison, preferindo o já combalido Marcinho. Esse é o problema de possuir jogadores ruins no elenco. Uma hora eles entram.
Mas o pior não foi a preferência pelo Marcinho, armador pelo lado esquerdo. O lamentável foi o Carrasco ter colocado o pequenino de centroavante, enfiado entre os zagueiros do Arapongas. Foi fatal. A bola batia na frente da zaga e voltava.
Liguera já é um meia que chega com frequência ao ataque, 4 jogos e 3 gols. Não precisava do Marcinho no time. Coloca o Harrison mais recuado, adianta o Liguera um pouco mais, puxa o Furlan da direita para o meio. Só que aí, o Trétis ficava num 4-4-2. E Carrasco já provou que não abre mão dos 3 atacantes. Mesmo que um deles seja Marcinho.
PS: No 2 gol do Arapongas, o Atlético estava sem um dos seus zagueiros. Faltou experiência ao time. Renan foguinho podia ter caído no gramado. Se não fosse assim o Arapongas não tinha marcado. Não tem time para tanto.
PS2: Você viu como a zaga do Atlético joga adiantada? Foi marcado um impedimento do Arapongas cujo o centroavante estava dentro do grande círculo. Isso é treino. Futebol compacto é isso. A distância entre a zaga e o ataque não pode ser maior do que 25 metros.
Mas o pior não foi a preferência pelo Marcinho, armador pelo lado esquerdo. O lamentável foi o Carrasco ter colocado o pequenino de centroavante, enfiado entre os zagueiros do Arapongas. Foi fatal. A bola batia na frente da zaga e voltava.
Liguera já é um meia que chega com frequência ao ataque, 4 jogos e 3 gols. Não precisava do Marcinho no time. Coloca o Harrison mais recuado, adianta o Liguera um pouco mais, puxa o Furlan da direita para o meio. Só que aí, o Trétis ficava num 4-4-2. E Carrasco já provou que não abre mão dos 3 atacantes. Mesmo que um deles seja Marcinho.
PS: No 2 gol do Arapongas, o Atlético estava sem um dos seus zagueiros. Faltou experiência ao time. Renan foguinho podia ter caído no gramado. Se não fosse assim o Arapongas não tinha marcado. Não tem time para tanto.
PS2: Você viu como a zaga do Atlético joga adiantada? Foi marcado um impedimento do Arapongas cujo o centroavante estava dentro do grande círculo. Isso é treino. Futebol compacto é isso. A distância entre a zaga e o ataque não pode ser maior do que 25 metros.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
A estrela da cocheira 16
Eram 7h e 30 da manhã quando a estrela do Jockey
Club do Paraná saía para seu único passeio do dia. Calçando botas para proteger
de eventuais contusões, Jéca trotava como se olhasse os seus súditos de cima.
Pesando 600 quilos, no auge da carreira, ostenta recordes de dar inveja a
Sebastian Vettel. Sete vitórias em 12 corridas.
Alazão puro-sangue Inglês, quatro
anos, filho de Inexplicable e Volition, Jéca é o cavalo mais mimado entre os 60
do Haras Rio Iguassú.Todos os dias têm seus pelos escovados. De cima para baixo
de modo a ativar a circulação sanguínea e tonificar os músculos do animal.
Crina e cauda são devidamente lavadas com água morna, e posteriormente
penteadas. Madeixa por madeixa.
Banhos, só com a permissão de Jéca. Seu
treinador, Ademar de Barros Pereira, 58 anos, sabe que tem dias que o rei desse
do pedestal e se comporta como um pangaré. “Em dias frios ele fica mais
agitado. A transpiração e a respiração ficam fora do normal. É o recado de que
hoje ele não quer banho”.
Conhecido como Abe Pereira, ou Seu Abe
entre os frequentadores do Jockey, o treinador de Jéca, e de outros 20 cavalos,
há 40 anos cuida de animais de corrida. Nascido em Passo Fundo, Rio Grande do
Sul, foi criado em Palmas, extremo sul do Paraná. Fixou moradia em Curitiba em
1970. Herdou do tio os macetes de treinador.
Observar se os joelhos e tornozelos
são tortos, arcada dentária e histórico genético são recomendações para acertar
na escolha de um animal campeão.
Tiro no escuro. Lembra Luiz Felipe
Pelanda, 20 anos, filho do proprietário do Haras Rio Iguassú, que alguns
cavalos às vezes enganam na hora do arremate. “Já paguei 100 mil por um cavalo
perfeito, bom histórico, mas que no fim das contas não me rendeu nada”. Levanta
a hipótese. “Vai da sorte também”.
Com Jéca, a sorte falou mais alta.
Arrematado em um leilão no Rio de Janeiro em 2007, pelo seu avô, Guido Irineu
Pelanda, por R$ 60.000, considerado barato pelos padrões do esporte, o cavalo
foi uma aquisição pessoal. “Meu avô contrariou muitos para adquirir o Jéca”.
Seu Abe foi um dos que não aprovaram a compra do animal. “Não parecia um cavalo
campeão”, resumiu o treinador.
A dieta do puro sangue observa os mais rigorosos
critérios técnicos. Para Jéca, fica a disposição o médico veterinário Mauricio
Pontarolo. No cardápio, uma refeição balanceada. Alfafa, milho e aveia.
Medicamentos, com exclusiva prescrição médica veterinária.
Em março de 2011, um duro golpe na
vitoriosa carreira de Jéca. Depois de alguns primeiros lugares em grandes
prêmios no Paraná e em São Paulo, o Alazão fora escalado para uma das
principais provas do turfe sul-americano. O XXVII Gran Premio Association
Latino-americana de Jockey Clubes e Hipódromos. Não pode ir. O motivo foi o
teste positivo do seu exame em relação a Piroplasmose. Vírus que ataca a
imunidade do animal, provocando febre alta, isolamento, e em casos mais graves,
taquicardia. Felizmente, no caso de Jéca, o médico Mauricio Pontarolo, explicou
que ele não estava necessariamente infectado. “Naquele momento o exame apontou
positivo, mas depois ficou comprovado que ele não era portador da doença”.
Antes, a maior derrota de Jéca
ocorrera fora do campo da medicina. Escalado como favorito absoluto para ganhar
o GP Paraná 2010, vencendo inclusive o preparatório um mês antes. Montado pelo
Jockey, J.V. Ventura, Jéca, não confirmou as expectativas de passear durante o
GP e amargou um inexpressivo nono lugar.“Não sei o que aconteceu naquele dia.
Estava normal, boa alimentação, disposto, foi bem para o páreo. Mas
infelizmente não deu. Foi triste”, lamenta Seu Abe.
Pelanda, proprietário de Jéca, também ficou
surpreso com o resultado da corrida acreditando que o nervosismo do jockey
possa ter passado ao cavalo. “Eles são muito ligados (jockey e animal). Para
sair com um cavalo vencedor de um grande páreo eles precisam estar em
sintonia”.
Na maior corrida do turfe nacional, o GP Brasil,
realizado em agosto deste ano, Jéca chegou em terceiro, perdendo por meia
cabeça para Belo Acteon e Too Friendly.
A casa do Jéca é a cocheira três por quatro do
Jockey Club do Paraná onde ocorrem páreos todas as sextas-feiras a partir das
16h 30. Na plateia, quase vazias, poucas pessoas entusiasmadas. Nem de longe
lembra os anos dourados das décadas de 40 a 70, onde o turfe inspirava grandes
produções de Hollywood.
Nos camarotes, proprietários tomam vinhos e observam
seus cavalos correrem para seu próprio prazer.
São poucos os cavalos que pagam o investimento feito
no início da carreira. Jéca é um exemplo desses. Estimado em US$ 600.000, a
estrela da cocheira 16 já tem o futuro garantido. Reprodutor. Seus filhos
seguramente valeram bastante no mercado equino.
Como todo rei um dia perde a sua majestade, a família
Pelanda já pensa no rito de passagem da coroa. E o postulante ao trono é, É do
Iguassú. “Um potro de três anos que está virando o xodó da família. Vale
muito”. No mercado das paixões, o dinheiro ainda fala mais alto.
Esse foi um trabalho para a disciplina de redação VI.
Esse foi um trabalho para a disciplina de redação VI.
Resenha do filme Natimorto
“Na época a gente tinha uns 11, 12 anos. No bairro
onde a gente morava, tinha um pastor alemão, muito brabo. Um dia, esse meu
amigo foi mordido. Ele alimentou esse rancor por muito tempo. Ele parava e
ficava ali, desafiando o cachorro. E dez anos depois ele se vingou. O cachorro
já estava bem velho. Ele invadiu a casa e matou o animal a pauladas”.
Natimorto é assim. Uma história
densa, cheia de remorsos e de uma beleza estética claustrofóbica.
Baseado no romance de Lourenço
Mutarelli, – Natimorto, um musical silencioso-, que encaixou perfeitamente como
protagonista do filme, narra a história de um ser sombrio, recém saído de um
casamento frustrado com uma mulher durona. Caçador de talentos que encontra na
bela Simone Spoladore, mais que uma linda voz, uma companheira de solidão.
Afundado no isolamento e no medo
que o mundo exterior lhe causa, Mutarelli convence Spoladore a viver recluso em
um apartamento alugado em um hotel no centro de São Paulo. Recém chegada à cidade e sem
muitas opções, ela aceita a oferta desde que possa sair de vez em quando.
Baseando seus dias nas imagens do verso das
embalagens de cigarro, como carta de Tarô, Mutarelli transforma um acordo que
no começo pode ser bom para ambos, um inferno, com direito a todos os demônios
que uma mente perturbada pode criar.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Só em Curitiba
Assinar:
Postagens (Atom)