domingo, 26 de fevereiro de 2012

Surfista em Curitiba, comia repolho no café da tarde


Obituário: Luiz Paulo de Souza Vidal

   Carioca, surfista na juventude, trocou o céu de brigadeiro do Rio de Janeiro, pela cerração curitibana em 1960. Tinha 20 anos. Criou cinco filhos do segundo casamento, nenhum consanguíneo. Braços fortes, trabalhou como técnico de elevador por toda a vida na Atlas elevadores. Sua maleta de ferramentas pesava mais de 30 quilos. 
   Faleceu com 71 anos por complicações do diabetes agravada por um câncer no estômago, recém descoberto.
   Vidal saiu do Rio de Janeiro brigado com o pai e desde então nunca mais se falaram . O motivo da discussão é um mistério para a família. Dinheiro, patrimônio, suspeitam os filhos.
   Amante da praia., duas vezes por ano ia para Matinhos, litoral do Paraná, nadar. Mesmo no ano da sua morte, com a visão já frágil, não deixou de pegar jacarés e furar ondas no litoral. Amigo de muitos, o que mais gostava de fazer era comer. Maria Aparecida, sua esposa, lembra que seu café da tarde era pão com feijão e repolho. Também recorda que não dividia a mesma cama com o esposo há mais de 10 anos. Por higiene. "Ele dizia que com o frio daqui não suava, logo não precisava tomar banho todo dia",conta com as bochechas coradas.
   É consenso da família que os seus dois filhos de sangue não o amavam do mesmo jeito que os demais, não consanguíneos.
   Um mês antes de falecer, Vidal sofreu uma grave crise de bronquite e foi hospitalizado. Após os exames, descobriu-se um tumor no estômago em fase já avançada. Sabendo que sua morte estava próxima, pedia todos os dias para morrer em casa. Sua esposa, convencida pelos médicos da necessidade da operação, autorizou o procedimento. Cinco horas depois, Luiz Paulo de Souza Vidal, falecia com o pesar da esposa por não atender o seu ultimo pedido.

Esse foi um trabalho para a disciplina de redação VI.

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