Girimunho(2011) é um filme incrível. É aquele tipo de filme em que documentário e ficção se misturam em uma unica narrativa. Algo como " O céu sob os ombros".
O filme conta a história de duas senhoras em um cidadezinha do interior de Minas Gerais. Se na tela o ritmo do filme parece ser lento, na percepção de quem assiste, o ritmo de Girimunho é alucinante.
Reproduzindo com veracidade o dialeto da região, os diretores Helvécio Marins Júnior e Clarissa Campolina, usam de legenda para deixar claro o que dona Bastu, essa tentando superar o trauma de perder o seu marido, Feliciano, e de dona Maria do Boi, que através dos batuques tenta manter viva a cultura da comunidade falam.
E como ficou lindo o Guarani. Cadeiras confortáveis, claro, longe das salas Vips do Cine-itaú, mas mesmo assim confortáveis. Uma boa tela de projeção e o melhor de tudo. O sistema de som não é ligado no máximo. Enfim, é o que basta para o cinema, como espaço físico satisfazer.
Como o cinema é uma experiência solitária, e o filme em si pede isso, assistir Girimunho só e molhado foi encantador.