sábado, 23 de março de 2013

A política e o profissionalismo

     Há quase exatos três anos, a Itália fora eliminada na Copa do Mundo da Africa do Sul, em 2010. Atual campeã, a Azurra teve um campanha medíocre. Empatou com Paraguai e Nova Zelândia e uma derrota para a Eslováquia. Ficou em último lugar no grupo F. Seu técnico era Marcelo Lippi, técnico também campeão do mundo. 
     Assim que desembarcou em solo italiano, claro, o técnico foi demitido e um, mais ou menos, rejuvenescimento da equipe foi feito. Entrou Cesare Prandelli, e no grupo de hoje, Buffon, Pirlo, Chiellini, Maggio, Bonucci, De Rossi, Montolivo e Marchisio, participaram da copa em 2010. Apesar do fiasco, a espinha dorsal estava montada. Não se jogou aos leões jogadores importantes, pela experiência ou habilidade. Novos jogadores foram convocados aos poucos em um sistema tático definido e sem nenhuma troca de técnico.
     Na mesma copa, o Brasil de: Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan, Michel Bastos, Gilberto Silva, Felipe Melo, Daniel Alves, Kaká, Robinho e Luis Fabiano, foi eliminado pela Holanda, salvo pela falha de Julio Cesar e Felipe Melo, em um jogo normal. Para o " país do futebol", um ditado ufanista e mentiroso, nunca o adversário é o vencedor.
     De lá para cá, trocamos de técnico a menos de um ano para a copa e todo um esquema tático, espelhado no que é praticado pelos melhores times, e que se diga não é novidade, ou moderno, foi jogado fora e voltamos a depender de um centroavante quase daqueles trombadores, e de um volante cão de caça para proteger a zaga.
     Na Itália, apesar dos inúmeros casos de manipulação de jogos que mancham a liga, a seleção foi tratada com o devido respeito de um time campeão quatro vezes do mundo. Aqui, a 18ª do ranking da Fifa sofre da politicagem dos seus cartolas/governantes e daqueles que dizem que Daniel Alves e David Luiz são jogadores de seleção.     

sábado, 2 de março de 2013

Max Gehringer já disse para tomar cuidado com o que você fala no ambiente profssional

     O que era pra ser, possivelmente, o maior escândalo ocorrido dentro de um hospital no Brasil, agora caminha para uma das mais vergonhosas investidas da polícia civil no âmbito científico. Primeiramente venho a informação de que um policial estaria infiltrado dentro da UTI. Fato desmentido em seguida, para depois ser melhor esclarecido, dizendo que eles obtiveram a autorização mas acharam melhor não fazê-lo. Prudente não? Eu não gostaria de ter o meu medicamento trocado por um policial disfarçado.
     A segunda evidência da atabalhoação da polícia é a troca dos verbos "raciocinar" por "assassinar", que virou munição para a defesa entrar com o pedido de Habeas Corpus da médica. 
     Mas a meu ver, o que é mais grave em tudo isso, é a falta de conhecimento científico, algo muito bem lembrado pelo advogado, multimidiático, Elias Matar Assad, em ponderar as falas dos médicos com o tipo e a carga de trabalho que eles são submetidos. Convenhamos que "desentulhar a UTI, que está me dando coceira", segundo a intensivista, nada mais é que um típico sintoma de esgotamento profissional que deve ser colocado no seu devido âmbito profissional. 
     Por enquanto as acusações são frágeis e a polícia precisa se respaldar de argumentos científicos para provar que ela assassinava um enfermo e não raciocinava, ou protestava contra seus doentes terminais.