sábado, 31 de março de 2012

Sem volantes o carro não ficou desgovernado

     Quando terminei meus afazeres e sentei na  frente da TV para acompanhar o jogo do Trétis, não acreditei quando vi que o furacão fora escalado no meio de campo com Zezinho, Paulo Baier e Liguera. Confesso que há tempos não via alguma time no Brasil jogar sem volantes.
     O recuo dos meias para atuar como volante é algo comum no futebol praticado hoje em dia na Europa. No Brasil isso também acontece, só que ao contrário. Volantes são adiantados para a meia. Além do Barcelona, que só tem Busquets como um volante real, alguns time do futebol alemão jogam assim.
     Carrasco até pode não dar certo no Atlético, pelo seu jeitão de ser e tal, mas a sua leitura de futebol é muito inovadora. Marcando dentro do campo adversário, a zaga jogando em linha, erroneamente apelidada por aqui de "linha burra" e prendendo um dos laterias, geralmente o direito, o uruguaio Carrasco está certo ao dizer que nenhum time do Brasil joga como o Atlético. Ele peca porem ao dizer que o Atlético joga o melhor futebol do país. Há times melhores.
     O treineiro uruguaio é tão inovador que nem a crônica esportiva paranaense consegue assimilar a sua filosofia. Escutando o jogo hoje em uma rádio da capital enquanto não podia ver, o comentarista clamava por Alan Bahia. Ele dizia que o Baier joga muito para estar atuando como volante. E quando ele fez o gol então, foi o êxtase para o comentarista.
     Será que ele sabe que o Baier só está jogando bem assim porque ele vem detrás. Ele lança e vai quietinho para o ataque e de repente a bola sobra lá para ele. Baier jogando assim lembra os antigos armadores, os que jogavam com a 8. Porque quem joga com a 10 não é o cabeça pensante do time. A história mostra isso. Pelé, Maradona, Zico, Messi.... Todos esses foram artilheiros no seu time. São meia atacantes e não meia armadores.
     Será que o Tostão acompanha o campeonato paranaense? Acho que não. Ele ficaria encantado com o jeito do atlético jogar. Talvez não com o time, mas a forma de jogo do Atlético é no mínimo bacana.

sábado, 24 de março de 2012

Mitos da música MPBA

   Até agora o melhor  álbum do ano é um concerto no lendário Carnegie Hall em 2004 de Caetano Velloso e David Byrne. O show começa com Caetano nos vocais, solo. Depois Byrne assume, com a sua peculiar voz e chega ao auge, os dois juntos. Belíssimo show. Um DVD seria pedir demais?
   No ano passado aconteceu algo semelhante quando o selo Biscoito Fino lançou o álbum Dizzy Gillespie no Brasil com Trio Mocotó.


   

Ciclistas também erram

    Antes de tudo quero dizer que também sou ciclista. Vou ao serviço de bike, a padaria, buscar o sobrinho... O que posso, faço de bike. Mas também sou motorista. O que quero dizer é que a imprensa já achou a nova mocinha para seus noticiários diários.
   Para ela, e parte da população, motoqueiro ou é bandido ou estava errado, por isso ele é o culpado do acidente. Os movimentos pró-bikers estão corretos em reivindicarem algo para a classe. Já fui há várias pedaladas, aquelas que saem da reitoria. Embora decepcionado com fatos que aconteceram em um desses encontros, acho válido toda forma de manifestação. Só que a partir do momento em que bikes dividem espaço na rua com motos e carros, elas precisam respeitar as mesmas regras que os demais veículos. Furar sinal e ziguezaguear entre os carros, é um risco desnecessário. Digo como motorista. É impossível escutar um ciclista vindo do seu lado. Escape barulhento de motos incomodam, mas alertam.
   Já passou da hora da prefeitura tomar alguma providencia em relação a restrição ao uso dos automóveis particulares, principalmente no centro da cidade. Rodízio ou pedágio? Eu escolheria a segunda opção. Quer andar de carro no centro, pague. Assim acabamos por tabela com os estacionamentos. Aquele espaço em que nada agrega a cidade.

Flores Partidas


   Um filme de Jim Jarmusch, diretor de Sobre Café e Cigarros e Down By Law, Flores Partidas antes de mais nada é um culto a Bill Murray. Enquanto outros artistas entram naquela fase de estagnação da carreira, onde meio que representam a sí mesmos, veja George Clooney e Jack Nicholson. Ambos são grandes atores, não há dúvida. Já foram premiados pela academia americana e tudo, mas há algum tempo não inovam. Clooney talvez na ótima atuação em Syriana, a Indústria do Petróleo, filme que lhe rendeu o oscar de melhor ator coadjuvante. Já Nicholson, há muito tempo não ousa em um papel. Há momentos na vida em que o prazer é essencial.
   Não que Bill Murray não interprete a si mesmo nos filmes em atua hoje em dia. Ele talvez seja o maior exemplo desse tipo de ator. Mas é que desde o ótimo Feitiço do tempo, um papel não lhe caía tão bem. Nem em Encontros e Desencontros, de Sophia Copolla, filha do genial Francis, em que ele não atuava tão bem.
   Don Johnston (Bill Murray), funcionário aposentado do ramo tecnológico, solitário e mulherengo quando jovem, descobre que é pai de um garoto adolescente. Na carta, a mãe não facilita em nada a vida de Murray. Não lhe conta a idade do filho, nem como ele é, nada. Só avisa que ele saiu de casa em busca do pai. Murray, entediado, não está nem aí, mas seu vizinho, o não menos excepcional Winston (Jeffrey Wright), já planejou a viagem toda de Murray em busca do filho. Locação de carro, hospedagem, passagem aérea. Tudo comprado.
   Entre um antigo amor e outro, inclusive a Sharon Stone, Murray apanha, vê uma adolescente nua, conversa com a ex-namorada que fala com animais, mas nem pista do filho. Ele parece não fazer muita questão. Até que ao retornar para casa encontra um rapaz na frente de uma lanchonete e o convida para um lanche. O rapaz aceita e Murray parece enfim descobrir o amor paterno, mas talvez agora já seja tarde.

 

quinta-feira, 22 de março de 2012

E o merito da questão?

   Ontem a presidente Dilma perdeu mais 3 votações importantes no congresso para a bancada ruralista. Os 3 projetos de certa maneira estavam ligados ao código florestal. Um presságio?
   Demarcação de terra indígenas terão agora que passar pelo crivo do Congresso. A segunda se refere a demarcação de terras quilombolas, também passará pelo Congresso. E a terceira diz respeito as áreas de conservação ambiental, só passa se carimbado pelo Congresso. Duras derrotas do governo logo após a mudança dos líderes no Congresso e minutos depois de Gilberto Carvalho esbravejar que as divergências entre planalto e congresso estavam " superados".
   O que mais impressiona é que não se aprecia o mérito da questão. Ruralistas jamais aprovarão uma nova demarcação de terra para esses povos que possam prejudicar, ou minimizar os seus lucros. É como entrar em uma partida perdendo e com um cara a menos.
   Um balcão de negócios está instalado no congresso. Só aprovo se a presidente liberar aquela verba que ela cancelou, ou aquele cargo que ela barrou. É claro que política e a arte de negociar, "Parlar", e isso falta para a presidente. Mas, convenhamos que conversar com pessoas interessadas somente no ganhar, a qualquer custo, decepciona.

terça-feira, 13 de março de 2012

O meu é sem narradores, por favor!

   Como eu queria ver uma partida de futebol sem narrador. Além da pulsação da torcida, essa transmissão teria apenas os comentários de Tostão e uma mesa redonda logo após ao jogo tendo o PVC, lustrando os sapatos do eterno jogador sem a bola. Um programinha de 5 minutos. Porque não acredito que exista alguém capaz de aguentar uma hora de programa esportivo falando da rodada passada.
   Assim como os treineiros, os narradores são meros lustradores de craques. Treineiros servem para distribuir coletes. Selecionar os 11 titulares. E narradores, para escalá-los.  

sábado, 10 de março de 2012

Caguei montão!!

   Quer dizer que o Ricardo Teixeira foi "curtir" um câncer em Miami e deixou seus pupilos a cá? O pedido de licença médica do Mister é um sinal que o poder dele já não é tão grande, mas o sistema falido de gerenciamento do futebol brasileiro irá continuar.
   Já que a presidente Dilma minou os poderes de Teixeira, ela deveria continuar na faxina.
   Ela não fara isso.
   O novo presidente, José Maria Marin, é do mesmo grupo. De fato, não muda nada.
   Aqui podemos fazer uma analogia com o estado paralelo do Rio de Janeiro, o tráfico de drogas. Muda-se o dono da boca, mas os poderes continuam o mesmo. Lá, no Rio, muda o chefe, mas as benfeitorias, coisas que o estado deveria prover, como segurança, saúde e educação, é feito pelo dono do morro. Não importa quem seja.
   Na CBF é o mesmo. Um principio de rebelião das federações estaduais pode ser visto, mas logo apaziguado com grana ou distribuição de outros agrados, ou sabe se lá o que.
   A CBF deveria cuidar apenas da copa do Brasil. Os clubes deveriam dar um chute na bunda da confederação e organizarem uma liga aos moldes da inglesa. Eles também não faram isso. Uma pena. Teriam o apoio popular. Assim continuamos no mesmo ciclo de suicídio do futebol brasileiro.

 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Ainda o filme A separação

   Asghar farhandi,diretor, omitiu o atropelamento da cuidadora do idoso para manipular a mente do espectador e condenar Nader. Até que ponto isso é válido?
   Isso não tira a beleza do filme, mas o torna apelativo no sentido do diretor não usar de outros recursos para contar a história.

Sim, fui manipulado.

domingo, 4 de março de 2012

Coincidências existem, ué


   Quer dizer que foi só coincidência o prefeito Luciano Ducci (PSB) reduzir em 30% o seu salário em pleno ano eleitoral? Sei não. Pelo menos a viúva gastará um pouco menos esse ano. Isso se a lei orgânica do município, aprovada ano passado, permitir.
   O que mais intriga é que no final do ano passado os nobres vereadores, ou nomeadores de rua, subiram os próprios salários de 10, 4 mil para 13,5 mil. Bastaria uma rabiscada do prefeito desaprovando o aumento para que ela fosse jogada no esquecimento. O que aconteceu em Belo Horizonte. Não o fez. Preferiu cruzar os braços e o aumento foi aprovado.Ok, valido somente a partir de 2013. Mas alguém acha que os que estão ali não serão reeleitos? A grande maioria, sim.
  A grande jogada eleitoreira foi de ficar numa boa com o eleitorado curitibano sem desagradar os meritíssimos vereadores que trabalharam para ele na tentativa de se reeleger prefeito dá já nem tão moderna capital ecológica do país.

A separação


   Aposto todas as minhas fichas que a filha, Termeh, ficou com o pai, Nader. O ultimo enquadramento declara isso (acho).
Lindo filme!
   Será que teremos que ter outro governo autoritário para ver um filme brasileiro como esse?
Espero que não!