quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

129 vezes tchê no filme A última estrada da praia


     Em cartaz no Cine Guarani até amanhã, o filme A última estrada da praia (2010), se passa no litoral gaúcho onde uma relação (2-1) de amizade é o fio condutor para uma aventura de 3 jovens e um fugitivo de um manicômio.

     Direção de Fabiano Souza, o filme, que nos lembra um pouco o nosso casos e causos, não por acaso produzido pela RBS, afiliada globo no RS, parece ser uma aventura de 3 jovens recém saídos do elenco da malhação em busca de aventuras. Com um roteiro fraco, que não se desenrola, como a maioria dos roadmovies, A última estrada da praia é um tanto, digamos... Quatro amigas e um Jeans Viajante. 
   

O que é pior: aquelas mensagens ao vivo de aniversário ou ir a um show de stand-up?

     Em uma tentativa de levar em conta os comentários feitos pelos professores em banca sobre a minha monografia, acabo de ver 22 minutos de um documentário nauseante chamado "O riso dos outros". Cheio de esteriótipos, camisas polo e óculos de grau (por que todo stand-up é assim?) o documentário cuja a intenção parecia ser levantar uma discussão sobre o que é valido na comédia, na verdade soa como uma compilação de todos os melhores momentos de shows de stand-up pelo Brasil no ano de 2011. O que é claro não conseguiu passar de 1h.   

D.F.W

     Conheci David Foster Wallace agora há pouco, cerca de 4 meses, quando a revista piauí publicou um ensaio/artigo/reportagem intitulada "pense na lagosta", na qual o ficcionista/professor visita uma feira cujo o prato principal é a lagosta e levanta a pergunta se é "aceitável mergulhar uma lagosta viva numa panela de
água fervente para saciar nossos desejos gastronômicos"?

     A inventividade (não me entenda mal jornalista xiita) das cenas, o olhar aguçado para registrar o singular e o seu talento nato de narrador que traz da ficção, fazem do livro "ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo", ainda melhor que o seu livro em que me iniciei chamado "breves entrevistas com homens hediondos".

     O livro é dividido em 6 ensaios/a /r / fruto da seleção e tradução de Daniel Galera, também ensaísta, entusiasta dos games que acaba de lançar o irregular "barba ensopada de sangue" que evidentemente bebericou muito da fonte de D.F.W.

     Mesmo o livro "ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo" seja mais leve que "breves entrevistas com homens hediondos", as notas intermináveis de rodapés que quebram a leitura, mas são muito interessantes, estão presentes, o que faz com que o leitor leia o mesmo parágrafo por 2, 3 vezes até retornar o ritmo normal. 

     Infelizmente a sua obra prima "Infinite Jest", de 1000 e poucas páginas ainda não tem tradução para o português. Embora, segundo fontes oficiais, já está sendo providenciada pelas mãos competentes de Caetano W. Galindo uma versão abrasileirada. A aguardar. 


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O triplo A de Dilma

     Dilma fortaleceu o capitalismo brasileiro quando corajosamente puniu a ANEEL, ANATEL e a ANS, pelo simples motivo de que vendiam ou prometiam algo que depois não entregavam. As 3 são agências reguladoras que até a época do Lula, eram cabide de empregos. Ainda são é verdade. Mas agora elas fiscalizam. O que não faziam outrora. 
     A ANS suspendeu a venda de 268 planos de saúde. A ANEEL mandou baratear as contas de eletricidade em seis estados porque essas erraram no cálculo. E a ANATEL proibiu a venda de novos chips de três operadoras: CLARO, TIM e OI. 
     Quando a presidenta manda as agências fiscalizarem os serviços que elas se dispõem a prestar a população, ela não só está fortalecendo o capitalismo (o direito de escolher qual o melhor plano) como está fortalecendo o estado através das garantias que esses serviços serão prestados na forma como prometidos.   




segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Pagarei com o meu nome

      Quando tomou posse em março de 2012, sucedendo o então presidente da câmara de vereadores, Derosso, flagrado no envolvimento das irregularidades com publicidade na casa, o primeiro ato de João do Suco, foi alterar o seu nome, ou resgatar o nome de batismo. João do Suco virou  João Luiz Cordeiro. 
      Agora, em período eleitoral, João Luiz Cordeiro não é mais João Luiz Cordeiro. Voltou a ser João do Suco. Os seus eleitores devem se perguntar: Para os nobres, João Luiz Cordeiro. Para o eleitor, João do Suco.  E se ele ganhar, seus eleitores irão cobrar de quem? 


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Histórias que só existem quando lembradas (Julia Murat)

   
  Há 36 anos ninguém morre em Jatuomba, pequeno vilarejo em algum lugar do interior brasileiro. Todos os dias, os únicos moradores, 10 senhores, fazem a mesma coisa. Madalena (Sonia Guedes), faz pão para o armazém de Antônio (Luiz Serra), este faz o café. Depois de preparar o pão, e passar o dia no armazém, Madalena vai até o cemitério da cidade limpar a faixada, este trancado desde 1976. E assim segue a vida de Jatuomba até que uma jovem fotografa, Rita (Lisa E. Fávero) chega no vilarejo para em princípio alterar a rotina dos moradores, mas na verdade ela que é puxada para a rotina de Jatuomba, onde o tempo parece ter parado. 
   

domingo, 8 de julho de 2012

Cine Guarani,Girimunho e a experiência de estar sozinho em um cinema

     Girimunho(2011) é um filme incrível. É aquele tipo de filme em que documentário e ficção se misturam em uma unica narrativa. Algo como " O céu sob os ombros".
     O filme conta a história de duas senhoras em um cidadezinha do interior de Minas Gerais. Se na tela o ritmo do filme parece ser lento, na percepção de quem assiste, o ritmo de Girimunho é alucinante.
     Reproduzindo com veracidade o dialeto da região, os diretores Helvécio Marins Júnior e Clarissa Campolina, usam de legenda para deixar claro o que dona Bastu, essa tentando superar o trauma de perder o seu marido, Feliciano, e de dona Maria do Boi, que através dos batuques tenta manter viva a cultura da comunidade falam. 
     E como ficou lindo o Guarani. Cadeiras confortáveis, claro, longe das salas Vips do Cine-itaú, mas mesmo assim confortáveis. Uma boa tela de projeção e o melhor de tudo. O sistema de som não é ligado no máximo. Enfim, é o que basta para o cinema, como espaço físico satisfazer. 
     Como o cinema é uma experiência solitária, e o filme em si pede isso, assistir Girimunho só e molhado foi encantador. 
     

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Respirar



     Representante da Áustria para concorrer ao Oscar de 2012, na categoria de melhor filme estrangeiro, seu orçamento foi de 1 milhão de euros. Apresentado na Mostra de Cinema de São Paulo de 2011, ganhou como melhor filme.
     No longa, Roman Kogler (Thomas Schubert) tem 18 anos e está preso em centro de detenção juvenil por ter assassinado a pauladas um garoto quando tinha 12 anos. Por ter cumprido parte da pena, Roman consegue liberdade condicional. Esperando a audiência que irá definir a sua saída do centro de detenção, Roman começa a trabalhar no necrotério de Viena. Confrontado com a morte todos os dias, Roman relembra do passado e da sua família para poder voltar a respirar.
     Com uma sequência de planos longos, em movimento, mas principalmente estáticos, respirar é um filme que vai se desenvolvendo aos poucos. Nada é dado de mão beijada para o espectador. Assim como o protagonista, vamos respirando, nos libertando aos poucos do sentimento de raiva que provoca em Roman. Respirar é um filme denso, embora revigorante. 

Para nós às migalhas

     O Trétis não perdeu seis meses do ano com Carrasco. Perdeu a possibilidade do resgate de uma identidade perdida desde o time de 2004, último time realmente bom do Atlético, ano do vice brasileiro. Mais que a falta de verba da TV, a mentalidade amadora dos dirigentes apequena nossos clubes.
     Enquanto pagarmos salários altíssimos para jogadores em fim de carreira, Tcheco e Paulo Baier, e os alçarmos a status de ídolo, coisas que não são, continuaremos a margem do futebol nacional.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A carrascada vem de cima

     Quando o trétis contratou Carrasco comprou o pacote completo. Acho correto a posição do presidente Petraglia em discutir o futebol com o treineiro. Não sei se realmente isso aconteceu.
O de ele pedir ao treinador para sacar um dos atacantes e colocar mais um volante. Se ocorreu, acho um equivoco de ambas as partes. Da parte do Carrasco em aceitar sem argumentar o porque do seu sistema tático, e do presidente em impor algo.
     Como resultado,quem saiu perdendo foi o CAP. Desde que ele acatou a decisão do presidente, o Atlético se arrasta em campo. Ora pela falta de vontade ou por estarem perdidos em campo, ora pelos equívocos do treinador.
     Quando olhamos para trás, o melhor trétis do ano foi o do início do campeonato paranaense. Com 3 atacantes. Bruno Furlan, Ricardinho e Bruno Mineiro. Esses dois são pontas que voltam marcar. Era, ou ainda é possível jogar num esquema tático como o do Carrasco se os 2 pontas voltarem para marcar. Coisa que Edigar Junio, Tiago Adan e muito menos Bruno Mineiro fazem.
     Carrasco tanto não sabe jogar no 4-4-2 que ao enfrentar o CRB na ultima partida escalou Herácles de terceiro volante atacando pela esquerda fazendo assim o time ficar novamente num 4-3-3, só que mascarado.Como era de se esperar, foi trágico. Para o trétis, não para os corneteiros.
     Agindo assim, Carrasco vai perdendo sua identidade, unica coisa que o credenciava a ser treinador do Atlético.
   

sábado, 19 de maio de 2012

Pede pra acabar Lupaluna

    Carente de festivais e de mídia alternativa, digo, outra além da GRPCOM, já que eles querem tomar para si a história da imprensa paranaense, o festival vai ser um sucesso. 
    Lenine tocou para milhares na Arena Mundo Livre, já que o show dele não conciliou com o mais esperado da noite, o do Los Hermanos. O show da Ceu não atrasou uma hora, os estacionamentos eram baratos e os shows do Lunastage, esses foram o fino da Bossa. 
     Rogério Flausino e sua habilidade em fazer um show com as mãos no bolso da jaqueta. Nando Reis e a sua capacidade de provocar deja-vú musicais nas pessoas. Los Hermanos mais uma vez arrancando grana da galera, Seu Jorge tocando pensando na guria que vai pegar depois do show e a grande atração da noite, Gene Loves Gezebel.
     Pra não dizer que não gostei de nada, tirei umas fotos bacanas com meu amor naquelas máquinas automáticas, tipo Amélie Poulain. 
     

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Lei Carolina Dieckmann

Vi hoje na Gazeta do Povo o marcador de uma matéria como o título deste post.
A individualização do sujeito se tornou mais importante que o fato.
Diz até que ela deu entrevista para jornal nacional, fantástico...Casos como o dela acontecem de monte pelo Brasil. E até mais graves, como registros de pedofilia.
Carolina Dieckmann só foi mais uma a ter seus dados (no caso dela as genitais) violados por negligencia e seu próprio narcisismo.
Pela falta de ativismo da imprensa em procurar materiais que reflitam sobre a condição da segurança digital no Brasil, ficamos reféns de uma moça que tira fotos enquanto faz suas necessidades fisiológicas.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

FootNote


     De Joseph Cedar, o filme israelense FootNote, vencedor de melhor roteiro em Cannes 2011 e indicado ao premio de melhor filme estrangeiro no Oscar 2012, conta a história de rivalidade entre pai e filho. Uriel Schkolnik (Pai), é um filologista judeu que aos olhos dos demais, inclusive do filho, não passa (sic) de um docente. O trabalho de sua vida foi desvendar os mistérios do Talmude, mas à sua pesquisa de 30 anos não obteve o reconhecimento dos seus pares.
     Ao contrário de seu filho Eliezer Scholnik, vencedor de vários prêmios, também especialista em talmude e detém de alto prestígio no meio acadêmico, Uriel é quase invisível fora do círculo familiar e seu maior feito foi ser mencionado em uma nota de rodapé de um livro de seu antigo professor.
    Mas isso pode mudar quando finalmente Uriel será condecorado com o maior prêmio cultural de Israel, vendo então seu desejo de prestígio ser reconhecido.
 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sí, se puede, Bayern

     O Real perdeu hoje pelos lados, mas pode perder o confronto pelo meio. O lateral esquerdo Coentrão perdeu feio para Lahm, Ribery e Robben, esses dois últimos atuaram em cima dele no segundo tempo. O segundo gol do Bayern saiu pelo lado de Coentrão. Mourinho disse que o escala, em detrimento de Marcelo, porque ele marca mais. Hoje não foi assim. No segundo gol é possível observar o quanto Pepé não tem o tempo de bola para jogar como zagueiro. Para ser zagueiro é necessário duas condições. Ou ele precisa ter velocidade ou dar o bote na hora certa. Pepé não é um nem outro. Pepé é o Felipe Melo, um pouco pior, só que luso brasileiro.
     O Real só viu o porco quando Schweinsteiger avançou para o meio e Kroos recuou, jogando como segundo volante. Aí deu brecha para Ozil armar as jogadas para Benzema. Cristiano Ronaldo foi apático em quase todo o jogo. Ainda no primeiro tempo isso inverteu. Schweinsteiger voltou para sua posição e Kroos foi adiantado para o meio.Com isso Ozil e o Real Madrid sumiram nos 60 minutos restantes de jogo. Se Mourinho não rever essa maneira do Real jogar o sonho do Bayern disputar uma final de Champions em casa poderá ser realizado.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Carrasco é louco mas não é burro

     Carrasco voltou a escalar o Trétis sem volantes brucutu. Paulo Baier,Zezinho e Liguera. Antes dependente de Baier, ontem foi diferente. Zezinho foi o cara que empurrou o time pra frente. Baier ficou mais preso ainda. Jogou meio que como um primeiro volante. Zezinho mais a frente, na direita, e Liguera mais centrado. Esse numa grande noite. Me desculpe os amantes do Harrison, mas nesse momento Liguera é o titular.
     Os cronistas dizem que o Atlético não pode jogar sempre assim. Acho que até pode, não sempre. Mas o que é bom lembrar é que o furação só jogou assim porque  Deivid estava suspenso. Então quando coquinho voltar, o meio de campo será composto por Deivid, Zezinho ou Baier e Liguera.
     O atlético encurralou o Criciúma. Antes dos dois confrontos todos diziam que esse era o jogo parâmetro do Atlético desse início de ano. Se for assim, está aprovado. Não acho.
     Há que contratar mais um lateral direito, um esquerdo, um zagueiro e um atacante central. Mas não há como negar que o atlético está evoluindo muito nesse início de ano. E essa evolução passa pelas mãos de Carrasco.
     Com 3x1 no placar, o treineiro voltou para o segundo tempo pela primeira vez no ano no 4-4-2. Trocou Marcinho por Bruno Costa, esse fazendo o lado esquerdo, adiantando Herácles para ser o o meio defensivo da esquerda. Na frente Edigar Junio e Guerron. Chegando de trás pelo meio Liguera. Fez o simples, mas como de costume mexeu em todo o time para fazer uma única alteração.

Ps: Jogadores mimados que não gostam da filosofia de Carrasco já estariam minando a diretoria para uma possível troca de comando no futebol do Atlético. Se isso acontecer e Carrasco for demitido agora, serão 4 meses de trabalho perdido e uma nova filosofia de jogo indo por água abaixo.
   
       

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Curitibano aprova Ducci mas o rejeita em pesquisa. Vai entender

     Mesmo com a máquina pública no colo, Richa patina para fazer Ducci, seu pupilo, decolar.  Na pesquisa divulgada diás atrás, Ducci tem 32% de rejeição. Só perde para o pai dos Faróis do Saber, Rafael Grega, com inacreditáveis 49 %, e para Renata Bueno, essa apenas uma isca lançada pelo PPS para capitanear algum cargo em uma possível aliança com algum partido.
     Pelo jeito Ducci vai ter que gastar muita sola de sapato pela capital para conseguir a reeleição. Dos 4 maiores agregadores de voto segundo a pesquisa, Lula, Richa, Dilma e Gleisi, o atual prefeito só tem ao seu lado o governador. 
     Fruet, que até tempos atrás batia no governo Lula-PT, agora é quase certo que contará com o apoio do PT. Lula, Dilma e Gleisi estarão do lado dele. Já Ratinho Jr conta com um sobrenome forte. 

     E que comecem os jogos;

sábado, 31 de março de 2012

Sem volantes o carro não ficou desgovernado

     Quando terminei meus afazeres e sentei na  frente da TV para acompanhar o jogo do Trétis, não acreditei quando vi que o furacão fora escalado no meio de campo com Zezinho, Paulo Baier e Liguera. Confesso que há tempos não via alguma time no Brasil jogar sem volantes.
     O recuo dos meias para atuar como volante é algo comum no futebol praticado hoje em dia na Europa. No Brasil isso também acontece, só que ao contrário. Volantes são adiantados para a meia. Além do Barcelona, que só tem Busquets como um volante real, alguns time do futebol alemão jogam assim.
     Carrasco até pode não dar certo no Atlético, pelo seu jeitão de ser e tal, mas a sua leitura de futebol é muito inovadora. Marcando dentro do campo adversário, a zaga jogando em linha, erroneamente apelidada por aqui de "linha burra" e prendendo um dos laterias, geralmente o direito, o uruguaio Carrasco está certo ao dizer que nenhum time do Brasil joga como o Atlético. Ele peca porem ao dizer que o Atlético joga o melhor futebol do país. Há times melhores.
     O treineiro uruguaio é tão inovador que nem a crônica esportiva paranaense consegue assimilar a sua filosofia. Escutando o jogo hoje em uma rádio da capital enquanto não podia ver, o comentarista clamava por Alan Bahia. Ele dizia que o Baier joga muito para estar atuando como volante. E quando ele fez o gol então, foi o êxtase para o comentarista.
     Será que ele sabe que o Baier só está jogando bem assim porque ele vem detrás. Ele lança e vai quietinho para o ataque e de repente a bola sobra lá para ele. Baier jogando assim lembra os antigos armadores, os que jogavam com a 8. Porque quem joga com a 10 não é o cabeça pensante do time. A história mostra isso. Pelé, Maradona, Zico, Messi.... Todos esses foram artilheiros no seu time. São meia atacantes e não meia armadores.
     Será que o Tostão acompanha o campeonato paranaense? Acho que não. Ele ficaria encantado com o jeito do atlético jogar. Talvez não com o time, mas a forma de jogo do Atlético é no mínimo bacana.

sábado, 24 de março de 2012

Mitos da música MPBA

   Até agora o melhor  álbum do ano é um concerto no lendário Carnegie Hall em 2004 de Caetano Velloso e David Byrne. O show começa com Caetano nos vocais, solo. Depois Byrne assume, com a sua peculiar voz e chega ao auge, os dois juntos. Belíssimo show. Um DVD seria pedir demais?
   No ano passado aconteceu algo semelhante quando o selo Biscoito Fino lançou o álbum Dizzy Gillespie no Brasil com Trio Mocotó.


   

Ciclistas também erram

    Antes de tudo quero dizer que também sou ciclista. Vou ao serviço de bike, a padaria, buscar o sobrinho... O que posso, faço de bike. Mas também sou motorista. O que quero dizer é que a imprensa já achou a nova mocinha para seus noticiários diários.
   Para ela, e parte da população, motoqueiro ou é bandido ou estava errado, por isso ele é o culpado do acidente. Os movimentos pró-bikers estão corretos em reivindicarem algo para a classe. Já fui há várias pedaladas, aquelas que saem da reitoria. Embora decepcionado com fatos que aconteceram em um desses encontros, acho válido toda forma de manifestação. Só que a partir do momento em que bikes dividem espaço na rua com motos e carros, elas precisam respeitar as mesmas regras que os demais veículos. Furar sinal e ziguezaguear entre os carros, é um risco desnecessário. Digo como motorista. É impossível escutar um ciclista vindo do seu lado. Escape barulhento de motos incomodam, mas alertam.
   Já passou da hora da prefeitura tomar alguma providencia em relação a restrição ao uso dos automóveis particulares, principalmente no centro da cidade. Rodízio ou pedágio? Eu escolheria a segunda opção. Quer andar de carro no centro, pague. Assim acabamos por tabela com os estacionamentos. Aquele espaço em que nada agrega a cidade.

Flores Partidas


   Um filme de Jim Jarmusch, diretor de Sobre Café e Cigarros e Down By Law, Flores Partidas antes de mais nada é um culto a Bill Murray. Enquanto outros artistas entram naquela fase de estagnação da carreira, onde meio que representam a sí mesmos, veja George Clooney e Jack Nicholson. Ambos são grandes atores, não há dúvida. Já foram premiados pela academia americana e tudo, mas há algum tempo não inovam. Clooney talvez na ótima atuação em Syriana, a Indústria do Petróleo, filme que lhe rendeu o oscar de melhor ator coadjuvante. Já Nicholson, há muito tempo não ousa em um papel. Há momentos na vida em que o prazer é essencial.
   Não que Bill Murray não interprete a si mesmo nos filmes em atua hoje em dia. Ele talvez seja o maior exemplo desse tipo de ator. Mas é que desde o ótimo Feitiço do tempo, um papel não lhe caía tão bem. Nem em Encontros e Desencontros, de Sophia Copolla, filha do genial Francis, em que ele não atuava tão bem.
   Don Johnston (Bill Murray), funcionário aposentado do ramo tecnológico, solitário e mulherengo quando jovem, descobre que é pai de um garoto adolescente. Na carta, a mãe não facilita em nada a vida de Murray. Não lhe conta a idade do filho, nem como ele é, nada. Só avisa que ele saiu de casa em busca do pai. Murray, entediado, não está nem aí, mas seu vizinho, o não menos excepcional Winston (Jeffrey Wright), já planejou a viagem toda de Murray em busca do filho. Locação de carro, hospedagem, passagem aérea. Tudo comprado.
   Entre um antigo amor e outro, inclusive a Sharon Stone, Murray apanha, vê uma adolescente nua, conversa com a ex-namorada que fala com animais, mas nem pista do filho. Ele parece não fazer muita questão. Até que ao retornar para casa encontra um rapaz na frente de uma lanchonete e o convida para um lanche. O rapaz aceita e Murray parece enfim descobrir o amor paterno, mas talvez agora já seja tarde.

 

quinta-feira, 22 de março de 2012

E o merito da questão?

   Ontem a presidente Dilma perdeu mais 3 votações importantes no congresso para a bancada ruralista. Os 3 projetos de certa maneira estavam ligados ao código florestal. Um presságio?
   Demarcação de terra indígenas terão agora que passar pelo crivo do Congresso. A segunda se refere a demarcação de terras quilombolas, também passará pelo Congresso. E a terceira diz respeito as áreas de conservação ambiental, só passa se carimbado pelo Congresso. Duras derrotas do governo logo após a mudança dos líderes no Congresso e minutos depois de Gilberto Carvalho esbravejar que as divergências entre planalto e congresso estavam " superados".
   O que mais impressiona é que não se aprecia o mérito da questão. Ruralistas jamais aprovarão uma nova demarcação de terra para esses povos que possam prejudicar, ou minimizar os seus lucros. É como entrar em uma partida perdendo e com um cara a menos.
   Um balcão de negócios está instalado no congresso. Só aprovo se a presidente liberar aquela verba que ela cancelou, ou aquele cargo que ela barrou. É claro que política e a arte de negociar, "Parlar", e isso falta para a presidente. Mas, convenhamos que conversar com pessoas interessadas somente no ganhar, a qualquer custo, decepciona.

terça-feira, 13 de março de 2012

O meu é sem narradores, por favor!

   Como eu queria ver uma partida de futebol sem narrador. Além da pulsação da torcida, essa transmissão teria apenas os comentários de Tostão e uma mesa redonda logo após ao jogo tendo o PVC, lustrando os sapatos do eterno jogador sem a bola. Um programinha de 5 minutos. Porque não acredito que exista alguém capaz de aguentar uma hora de programa esportivo falando da rodada passada.
   Assim como os treineiros, os narradores são meros lustradores de craques. Treineiros servem para distribuir coletes. Selecionar os 11 titulares. E narradores, para escalá-los.  

sábado, 10 de março de 2012

Caguei montão!!

   Quer dizer que o Ricardo Teixeira foi "curtir" um câncer em Miami e deixou seus pupilos a cá? O pedido de licença médica do Mister é um sinal que o poder dele já não é tão grande, mas o sistema falido de gerenciamento do futebol brasileiro irá continuar.
   Já que a presidente Dilma minou os poderes de Teixeira, ela deveria continuar na faxina.
   Ela não fara isso.
   O novo presidente, José Maria Marin, é do mesmo grupo. De fato, não muda nada.
   Aqui podemos fazer uma analogia com o estado paralelo do Rio de Janeiro, o tráfico de drogas. Muda-se o dono da boca, mas os poderes continuam o mesmo. Lá, no Rio, muda o chefe, mas as benfeitorias, coisas que o estado deveria prover, como segurança, saúde e educação, é feito pelo dono do morro. Não importa quem seja.
   Na CBF é o mesmo. Um principio de rebelião das federações estaduais pode ser visto, mas logo apaziguado com grana ou distribuição de outros agrados, ou sabe se lá o que.
   A CBF deveria cuidar apenas da copa do Brasil. Os clubes deveriam dar um chute na bunda da confederação e organizarem uma liga aos moldes da inglesa. Eles também não faram isso. Uma pena. Teriam o apoio popular. Assim continuamos no mesmo ciclo de suicídio do futebol brasileiro.

 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Ainda o filme A separação

   Asghar farhandi,diretor, omitiu o atropelamento da cuidadora do idoso para manipular a mente do espectador e condenar Nader. Até que ponto isso é válido?
   Isso não tira a beleza do filme, mas o torna apelativo no sentido do diretor não usar de outros recursos para contar a história.

Sim, fui manipulado.

domingo, 4 de março de 2012

Coincidências existem, ué


   Quer dizer que foi só coincidência o prefeito Luciano Ducci (PSB) reduzir em 30% o seu salário em pleno ano eleitoral? Sei não. Pelo menos a viúva gastará um pouco menos esse ano. Isso se a lei orgânica do município, aprovada ano passado, permitir.
   O que mais intriga é que no final do ano passado os nobres vereadores, ou nomeadores de rua, subiram os próprios salários de 10, 4 mil para 13,5 mil. Bastaria uma rabiscada do prefeito desaprovando o aumento para que ela fosse jogada no esquecimento. O que aconteceu em Belo Horizonte. Não o fez. Preferiu cruzar os braços e o aumento foi aprovado.Ok, valido somente a partir de 2013. Mas alguém acha que os que estão ali não serão reeleitos? A grande maioria, sim.
  A grande jogada eleitoreira foi de ficar numa boa com o eleitorado curitibano sem desagradar os meritíssimos vereadores que trabalharam para ele na tentativa de se reeleger prefeito dá já nem tão moderna capital ecológica do país.

A separação


   Aposto todas as minhas fichas que a filha, Termeh, ficou com o pai, Nader. O ultimo enquadramento declara isso (acho).
Lindo filme!
   Será que teremos que ter outro governo autoritário para ver um filme brasileiro como esse?
Espero que não!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Justo como os jeans das puritanas de Curitiba

Trétis é campeão do 1º turno do paranaense. Merecido. Eu prefiro um treineiro que opte, ou arrisque, porque ninguém quer perder, por uma única derrota, do que por 3 empates. O trétis perdeu uma e empatou a outra. Os coxas não perderam, mas empataram três.
Trétis em três jogos: 1V-1E-1D.
Coxas em três jogos: 3E.

Tá aí a diferença de pontuação do turno.

Surfista em Curitiba, comia repolho no café da tarde


Obituário: Luiz Paulo de Souza Vidal

   Carioca, surfista na juventude, trocou o céu de brigadeiro do Rio de Janeiro, pela cerração curitibana em 1960. Tinha 20 anos. Criou cinco filhos do segundo casamento, nenhum consanguíneo. Braços fortes, trabalhou como técnico de elevador por toda a vida na Atlas elevadores. Sua maleta de ferramentas pesava mais de 30 quilos. 
   Faleceu com 71 anos por complicações do diabetes agravada por um câncer no estômago, recém descoberto.
   Vidal saiu do Rio de Janeiro brigado com o pai e desde então nunca mais se falaram . O motivo da discussão é um mistério para a família. Dinheiro, patrimônio, suspeitam os filhos.
   Amante da praia., duas vezes por ano ia para Matinhos, litoral do Paraná, nadar. Mesmo no ano da sua morte, com a visão já frágil, não deixou de pegar jacarés e furar ondas no litoral. Amigo de muitos, o que mais gostava de fazer era comer. Maria Aparecida, sua esposa, lembra que seu café da tarde era pão com feijão e repolho. Também recorda que não dividia a mesma cama com o esposo há mais de 10 anos. Por higiene. "Ele dizia que com o frio daqui não suava, logo não precisava tomar banho todo dia",conta com as bochechas coradas.
   É consenso da família que os seus dois filhos de sangue não o amavam do mesmo jeito que os demais, não consanguíneos.
   Um mês antes de falecer, Vidal sofreu uma grave crise de bronquite e foi hospitalizado. Após os exames, descobriu-se um tumor no estômago em fase já avançada. Sabendo que sua morte estava próxima, pedia todos os dias para morrer em casa. Sua esposa, convencida pelos médicos da necessidade da operação, autorizou o procedimento. Cinco horas depois, Luiz Paulo de Souza Vidal, falecia com o pesar da esposa por não atender o seu ultimo pedido.

Esse foi um trabalho para a disciplina de redação VI.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Viva la recreação


   
   No filme Os incompreendidos, de 1959, do cineasta francês François Truffaut, o jovem protagonista, Antoine Doinel, depois de ser pego admirando uma pin-up em sala de aula, é castigado e tem seu recreio proibido. Para o professor, “o recreio não é obrigatório. É uma recompensa”.
    Para alguns alunos da escola Algacir Munhoz Mader, no Bairro Alto, em especial os menores - primeiro e segundo anos do ensino fundamental -, a permanência na sala de aula seria o grande prêmio pelo bom comportamento nas aulas. Misturado com grandalhões do terceiro e quarto ano, eles não tem chance quando soa o gongo para os 15 minutos de desordem inspecionada.
    “Briga, Briga, Briga”, sai aos berros uma aluna do quarto ano. No canto da quadra de esportes cerca de 20 pessoas formam uma roda para testemunhar o massacre da criança pelo jovem.  Perdida, a criança está acuada. Quer sair, mas o esquadrão anticrianças não permite. Ela só é salva quando o professor de história, Benjamim Maia, 50, interrompe a conversa com um inspetor e se dirige até a confusão. Quando notam que são percebidos eles se dispersam. Nenhum aluno foi levado à secretaria pela confusão.  
    Maia, um dos poucos professores da escola que interage com os alunos no recreio, conta que dificilmente eles partem para a briga. “É muito mais pra chamar atenção do que brigar de fato. Mas no mínimo sinal de confusão, já intervimos”.
    Para ele, a suspensão do recreio pelo professor é algo que não é aconselhado nos dias de hoje. “O recreio é um espaço de interação entre os alunos de outras séries e um descanso mental para o professor”. Cada um do seu lado, professor e aluno, o recreio continua.
    Distante 20 quilômetros da escola do Bairro Alto, o Colégio Estadual Eurides Brandão, no CIC, tentou mudar o jeito como conhecemos o recreio. Sai os esbarrões, correrias e espontaneidade. Entra no seu lugar o termo pedagógico “recreio dirigido”.
    No começo desse ano, o corpo docente levou ao conhecimento dos alunos a proposta de uma atividade mais lúdica durante o intervalo. Instaurada a democracia no Eurides, o primeiro ato dos alunos foi derrubar o recreio dirigido. A inspetora Jaqueline Almeida lamentou o fato. Para ela, a proposta de uma atividade durante o recreio seria a melhor saída para a ociosidade dos alunos. “Hoje em dia eles ficam muito no celular. Os alunos ficam 3 aulas sentados e no recreio voltam a ficar sentados, preguiçosos nos bancos do pátio”.
    A aluna da oitava série, Alexia Lais Cota, 16, não concorda com a inspetora. “Ficamos quase 3horas na sala de aula. No recreio queremos conversar, paquerar, ficar livres. Não quero um professor me dizendo o que fazer nesse tempo”.
    À tarde, no Colégio Eurides Brandão, ficam dois inspetores se revezando no cuidado de duzentas crianças entre 6 e 10 anos. No fumodromo, que fica, claro, na parte de trás do colégio, onde só é possível entrar por um buraco feito pelos próprios alunos na grade, as bitucas de cigarro dos alunos do período da manhã se misturam com pacotes de salgadinho dos alunos da tarde.
    No celular, o menino mostra o novo jogo que baixou para os amigos de olhos brilhantes. O uniforme não é unanimidade no colégio. Calças pretas e camisas cinzas esquentam no verão. Eles querem algo mais descolado. “No verão podia ser liberado vir de calção”, diz timidamente um aluno.
    Jaqueline, inspetora há 10 anos, interrompe a conversa e vai socorrer um aluno. Ele chora por ter perdido seu amigo eletrônico. “O recreio não é mais para jogar bafo ou pular elástico como na minha época”, sorri cabisbaixa indo a procura do celular do aluno. “É por isso que o recreio dirigido seria uma boa opção”. Se depender dos alunos, o direito ao ócio será sempre lembrado.


Esse foi um trabalho para a disciplina de redação VI.

Resenha do filme O Porco Espinho



     Filme francês de 2009 da diretora Mona Achache, Porco espinho mostra uma historia encantadora em que a morte é tema recorrente na narrativa.
     Paloma, 11 anos faz uma promessa para si mesma que em 165 dias ela irá se suicidar, exatamente no dia 16 de junho. Para isso, ela começa a tomar um comprimido de antidepressivo por dia da sua mãe, uma mulher de classe alta cujo temperamento é alheio as coisas do mundo.
Antes de consumar o fato, Paloma, uma menina inteligente e extremamente atenta ao que acontece a sua volta, registra em película esse dias que antecedem a data da sua morte. Com uma câmera na mão, a espevitada Paloma se torna mais próxima de Reneé, ou Sra Mitchell, zeladora do luxuoso prédio onde mora.
 Zeladora há 27 anos, autointitulada, feia, rabugenta e ranzinza, tem um gato gordo e preguiçoso. Sra Mitchell divide suas horas entre a limpeza do prédio e a sua vasta biblioteca que mantém em segredo dos moradores. Mas a agradável monotonia de sua vida é quebrada quando um novo morador do edifício, Sr Kakuro, começa a corteja-la. Se sentindo novamente percebida pelo mundo, Reneé desperta para um sentimento que há tempos não recordava.
 Mas como a vida é cheia de surpresas, uma morte, que por conseqüência lhe trouxe tanta felicidade, – Sr Kakuro venho morar no prédio após a morte de outro morador - um desejo de morrer que lhe trouxe uma amiga, Paloma, a outra faceta da morte lhe trará a maior tristeza de todas. Isso porque a única (in)justiça que existe na vida é a morte. Pois é só ela que lhe tira o direito de ver quem mais ama, mas eles também perdem o direito e não o vêem mais. Estamos quites Mona.

Carrasco foi refém do próprio esquema

   Na derrota de ontem do Trétis, o treineiro do time da capital mostrou o quanto pode ser cabeça dura a frente do furacão. Não soube aproveitar a oportunidade com a saída do Bruno Mineiro lesionado para colocar Harrison, preferindo o já combalido Marcinho. Esse é o problema de possuir jogadores ruins no elenco. Uma hora eles entram.
   Mas o pior não foi a preferência pelo Marcinho, armador pelo lado esquerdo. O lamentável foi o Carrasco ter colocado o pequenino de centroavante, enfiado entre os zagueiros do Arapongas. Foi fatal. A bola batia na frente da zaga e voltava.
   Liguera já é um meia que chega com frequência ao ataque, 4 jogos e 3 gols. Não precisava do Marcinho no time. Coloca o Harrison mais recuado, adianta o Liguera um pouco mais, puxa o Furlan da direita para o meio.  Só que aí, o Trétis ficava num 4-4-2. E Carrasco já provou que não abre mão dos 3 atacantes. Mesmo que um deles seja Marcinho.

PS: No 2 gol do Arapongas, o Atlético estava sem um dos seus zagueiros. Faltou experiência ao time. Renan foguinho podia ter caído no gramado. Se não fosse assim o Arapongas não tinha marcado. Não tem time para tanto.

PS2: Você viu como a zaga do Atlético joga adiantada? Foi marcado um impedimento do Arapongas cujo o centroavante estava dentro do grande círculo. Isso é treino. Futebol compacto é isso. A distância entre a zaga e o ataque não pode ser maior do que 25 metros.       

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A estrela da cocheira 16



    Eram 7h e 30 da manhã quando a estrela do Jockey Club do Paraná saía para seu único passeio do dia. Calçando botas para proteger de eventuais contusões, Jéca trotava como se olhasse os seus súditos de cima. Pesando 600 quilos, no auge da carreira, ostenta recordes de dar inveja a Sebastian Vettel. Sete vitórias em 12 corridas.
Alazão puro-sangue Inglês, quatro anos, filho de Inexplicable e Volition, Jéca é o cavalo mais mimado entre os 60 do Haras Rio Iguassú.Todos os dias têm seus pelos escovados. De cima para baixo de modo a ativar a circulação sanguínea e tonificar os músculos do animal. Crina e cauda são devidamente lavadas com água morna, e posteriormente penteadas. Madeixa por madeixa.
Banhos, só com a permissão de Jéca. Seu treinador, Ademar de Barros Pereira, 58 anos, sabe que tem dias que o rei desse do pedestal e se comporta como um pangaré. “Em dias frios ele fica mais agitado. A transpiração e a respiração ficam fora do normal. É o recado de que hoje ele não quer banho”.
Conhecido como Abe Pereira, ou Seu Abe entre os frequentadores do Jockey, o treinador de Jéca, e de outros 20 cavalos, há 40 anos cuida de animais de corrida. Nascido em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, foi criado em Palmas, extremo sul do Paraná. Fixou moradia em Curitiba em 1970. Herdou do tio os macetes de treinador.    
Observar se os joelhos e tornozelos são tortos, arcada dentária e histórico genético são recomendações para acertar na escolha de um animal campeão.  
Tiro no escuro. Lembra Luiz Felipe Pelanda, 20 anos, filho do proprietário do Haras Rio Iguassú, que alguns cavalos às vezes enganam na hora do arremate. “Já paguei 100 mil por um cavalo perfeito, bom histórico, mas que no fim das contas não me rendeu nada”. Levanta a hipótese. “Vai da sorte também”.
Com Jéca, a sorte falou mais alta. Arrematado em um leilão no Rio de Janeiro em 2007, pelo seu avô, Guido Irineu Pelanda, por R$ 60.000, considerado barato pelos padrões do esporte, o cavalo foi uma aquisição pessoal. “Meu avô contrariou muitos para adquirir o Jéca”. Seu Abe foi um dos que não aprovaram a compra do animal. “Não parecia um cavalo campeão”, resumiu o treinador. 
A dieta do puro sangue observa os mais rigorosos critérios técnicos. Para Jéca, fica a disposição o médico veterinário Mauricio Pontarolo. No cardápio, uma refeição balanceada. Alfafa, milho e aveia. Medicamentos, com exclusiva prescrição médica veterinária.
Em março de 2011, um duro golpe na vitoriosa carreira de Jéca. Depois de alguns primeiros lugares em grandes prêmios no Paraná e em São Paulo, o Alazão fora escalado para uma das principais provas do turfe sul-americano. O XXVII Gran Premio Association Latino-americana de Jockey Clubes e Hipódromos. Não pode ir. O motivo foi o teste positivo do seu exame em relação a Piroplasmose. Vírus que ataca a imunidade do animal, provocando febre alta, isolamento, e em casos mais graves, taquicardia. Felizmente, no caso de Jéca, o médico Mauricio Pontarolo, explicou que ele não estava necessariamente infectado. “Naquele momento o exame apontou positivo, mas depois ficou comprovado que ele não era portador da doença”.
Antes, a maior derrota de Jéca ocorrera fora do campo da medicina. Escalado como favorito absoluto para ganhar o GP Paraná 2010, vencendo inclusive o preparatório um mês antes. Montado pelo Jockey, J.V. Ventura, Jéca, não confirmou as expectativas de passear durante o GP e amargou um inexpressivo nono lugar.“Não sei o que aconteceu naquele dia. Estava normal, boa alimentação, disposto, foi bem para o páreo. Mas infelizmente não deu. Foi triste”, lamenta Seu Abe.
Pelanda, proprietário de Jéca, também ficou surpreso com o resultado da corrida acreditando que o nervosismo do jockey possa ter passado ao cavalo. “Eles são muito ligados (jockey e animal). Para sair com um cavalo vencedor de um grande páreo eles precisam estar em sintonia”.
Na maior corrida do turfe nacional, o GP Brasil, realizado em agosto deste ano, Jéca chegou em terceiro, perdendo por meia cabeça para Belo Acteon e Too Friendly.  
    A casa do Jéca é a cocheira três por quatro do Jockey Club do Paraná onde ocorrem páreos todas as sextas-feiras a partir das 16h 30. Na plateia, quase vazias, poucas pessoas entusiasmadas. Nem de longe lembra os anos dourados das décadas de 40 a 70, onde o turfe inspirava grandes produções de Hollywood.
   Nos camarotes, proprietários tomam vinhos e observam seus cavalos correrem para seu próprio prazer. 
   São poucos os cavalos que pagam o investimento feito no início da carreira. Jéca é um exemplo desses. Estimado em US$ 600.000, a estrela da cocheira 16 já tem o futuro garantido. Reprodutor. Seus filhos seguramente valeram bastante no mercado equino.
   Como todo rei um dia perde a sua majestade, a família Pelanda já pensa no rito de passagem da coroa. E o postulante ao trono é, É do Iguassú. “Um potro de três anos que está virando o xodó da família. Vale muito”. No mercado das paixões, o dinheiro ainda fala mais alto.


   Esse foi um trabalho para a disciplina de redação VI.

Resenha do filme Natimorto



“Na época a gente tinha uns 11, 12 anos. No bairro onde a gente morava, tinha um pastor alemão, muito brabo. Um dia, esse meu amigo foi mordido. Ele alimentou esse rancor por muito tempo. Ele parava e ficava ali, desafiando o cachorro. E dez anos depois ele se vingou. O cachorro já estava bem velho. Ele invadiu a casa e matou o animal a pauladas”.

Natimorto é assim. Uma história densa, cheia de remorsos e de uma beleza estética claustrofóbica.

Baseado no romance de Lourenço Mutarelli, – Natimorto, um musical silencioso-, que encaixou perfeitamente como protagonista do filme, narra a história de um ser sombrio, recém saído de um casamento frustrado com uma mulher durona. Caçador de talentos que encontra na bela Simone Spoladore, mais que uma linda voz, uma companheira de solidão. 

Afundado no isolamento e no medo que o mundo exterior lhe causa, Mutarelli convence Spoladore a viver recluso em um apartamento alugado em um hotel no centro de São Paulo. Recém chegada à cidade e sem muitas opções, ela aceita a oferta desde que possa sair de vez em quando.

Baseando seus dias nas imagens do verso das embalagens de cigarro, como carta de Tarô, Mutarelli transforma um acordo que no começo pode ser bom para ambos, um inferno, com direito a todos os demônios que uma mente perturbada pode criar.   

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Só em Curitiba

Escutar Pitty em ritmo de batuque e achar um boton do Pink floyd no chão, em meio ao mundaréu de gente no  carnaval no Largo da ordem.