Nem o pachequismo
incondicional, muito menos o pessimismo exagerado. De verdade, a seleção jogou
bem somente 135 minutos nessa Copa das Confederações. O primeiro tempo contra a
Itália, e a espetacular vitória frente à Espanha.
A última apresentação do
escrete canarinho faz parecer que essa seleção possa ter atingido o auge antes
do momento certo. Se enfrentarmos Argentina, Alemanha e novamente a Espanha na
Copa, teremos que jogar isso nos três jogos. Aí não dá. A seleção ainda oscila
muito porque tem jogadores novos e pouco tempo de trabalho.
O jogo contra a Espanha foi
facilitado pelos desfalques de Xabi Alonso e Puyol. Com a presença do jogador
catalão, Sergio Ramos seria o lateral direto, mais jogador que Arbeloa. O
treineiro da Espanha também não foi bem ao escalar Mata no Lugar de Navas.
Facilitou o trabalho de Neymar pela esquerda.
Há aspectos a se comemorar.
Neymar passou a ganhar no mano dos zagueiros. A partir do jogo contra a Itália,
Fred passou a se movimentar mais e se tornou um jogador mais produtivo. Apesar
de ainda um pouco atabalhoado, David Luiz fez uma boa Copa. E o ponto principal
foi o resgate do torcedor ao ver a seleção atuando. Assim como em 1998 na
França, quando o Stade de France inteiro cantou a Marselhesa, o Brasil na Copa
das confederações já entrou campeão. Estamos entre os quatro favoritos.